18.01.2007 - 15h09 Lusa
Pela lei ainda em vigor, que data de 1973, alguns agentes técnicos podem assinar projectos de arquitectura — facto que tem sido contestado pela Ordem dos Arquitectos e que já motivou a aprovação de uma petição popular na Assembleia da República a exigir novas regras.
De acordo com Mário Lino, após a aprovação do diploma na Assembleia da República, haverá um período de transição de cinco anos para aplicação das novas regras de qualificação em termos de responsabilidade de obras.
"Trata-se de um período razoável de adaptação", disse o ministro, adiantando que as novas regras abrangerão as obras públicas e "as privadas com inserção urbanística".
Espaços exteriores só para paisagistas
Além do caso da arquitectura, a proposta prevê que os projectos de engenharia sejam apenas assinados por engenheiros e engenheiros técnicos, e que os projectos de espaços exteriores sejam somente da responsabilidade dos arquitectos paisagistas.
O diploma impõe também a exigência de qualificação em outros sectores de actividade na esfera das operações urbanísticas, casos das funções de coordenação do projecto, de fiscalização e de direcção de obra.
Na elaboração do projecto, segundo o Governo, terá de se verificar "a existência efectiva de uma equipa de projecto, a quem incumbe elaborar todas as peças escritas e desenhadas, actuando sob orientação de um coordenador de projecto".
"Este diploma é uma peça central do edifício legislativo para a modernização do sector da construção", sustentou Mário Lino no final da reunião do Conselho de Ministros.
Neste contexto, o ministro salientou que a principal meta política do Governo é tornar o sector da construção "mais transparente e competitivo, com melhor qualidade e com maior responsabilização dos seus agentes".
Falta ser aprovado... E é importante que surja de uma definição clara das competências de cada profissão, em prol da interdisciplinaridade e da complementaridade. A ver vamos!
1 comentário:
devagarinho vamos lá... acho que se está a caminhar no bom sentido. No entanto 5 anos parece-me demais para uma transição deste genéro.
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